Alta Montanha

No segundo dia em Mendoza fizemos o passeio conhecido como "Alta Montanha", que consiste em ir para o lado dos Andes. 

A ideia era sair cedo, mas o ritmo da viagem estava puxado, e precisávamos descansar um pouco mais. Saímos umas 09:30 e partimos na Ruta 7 em direção a Las Cuevas, pra subirmos até o Cristo Redentor de Los Andes.

A paisagem no caminho é magnífica! A parte ruim de ir de carro é ter que se concentrar na direção, mas como passaríamos de ônibus dali a 2 dias, estava tranquilo. Por outro lado, a vantagem de ir de carro é poder parar onde quiser. Paramos pra admirar a Represa Potrerillos e algumas pontes no caminho. Passamos por Uspallata, onde tomaríamos café da manhã se tivéssemos saído cedinho, mas no caso passamos direto. Passamos também pela estação de esqui Los Penitentes, que estava fechada por causa da época do ano.

A viagem foi muito tranquila e agradável, e loco chegamos a Las Cuevas e avistamos o pórtico que dá acesso à estrada do Cristo. Paramos um pouco pra perguntar se a estrada estava tranquila e algumas pessoas pediram carona. Elas moram por ali e sobem pra trabalhar na loja e fotografando os turistas. Eram 3 adultos e uma criança, mas apertando coube todo mundo.

A estrada de subida ao Cristo é SINISTRA!!! Não chega a ser uma "estrada da morte", mas são muitas curvas, numa subida constante e numa estrada pequena e de terra (com um restinho de neve). Portanto, só vá se for um(a) motorista experiente, pra não passar aperto. Indo devagar e com atenção, dá pra subir de boa. Fico imaginando o tempo em que essa era a única rota entre Mendoza e Santiago 😅

Com paciência, chegamos sem qualquer susto ao Cristo, que fica na fronteira entre Chile e Argentina. A paisagem é bonita, mas o frio não convida a ficar muito tempo por lá. Fizemos algumas fotos e descemos. 

Na volta a Mendoza, nossa primeira parada foi o Parque Aconcágua, certamente o ponto alto do dia (na verdade, o ponto alto foi o Cristo, mas não sejamos tão literais, né?). Estacionamos, fomos ao centro de visitantes comprar os ingressos e em seguida fizemos a trilha do parque. É uma trilha curta (4,5km ida e volta) e sem qualquer dificuldade (é mais um passeio que uma trilha). O parque é muito bonito e estava vazio, dando uma sensação de tranquilidade. 

San Martin, claro!

 

A parada seguinte foi na Puente del Inca. Trata-se de uma ponte natural sobre o Rio Caves com tons de amarelo, laranja e marrom, pela riqueza de minerais da água. O nome Puente del Inca tem origem na lenda que diz que o filho de um rei estava muito doente e diziam que a cura estava em tomar banho das termas ao Sul. Os melhores guerreiros incas acompanharam o menino e o rei para encurtar um caminho, os guerreiros fizeram uma ponte humana. Quando o rei terminou de atravessar com o Menino, os guerreiros tinham virado pedra. Por isso o nome Puente Del Inca. - A ponte dos incas. 

Seguindo de volta a Mendoza, fizemos outra parada pra comprar umas empanadas e enganar a fome e a ultima pra sentir o frio da água na Represa Potrerillos.

À noite fomos comer uma pizza e tomar cerveja no Hangar 52 Galpón Cervecero, que fica na Aristides Villanueva.