domingo, 29 de dezembro de 2013

América de novo

Pra encerrar o ano com viagem, vim com Celeste (mãe) e Marina (filha) pra Florida. Vamos passar o revéillon em Orlando.

Elas chegaram no Rio no dia 25/12, bem cedo e embarcamos pra cá no dia 26/12 à noite.

A viagem foi bem tranquila. Qualquer problema, era só botar moral com a chefe do vôo, a mãe dos meus amigos Dudu e Biel :)

Chegamos em Miami cedinho e tive uma dificuldade com o aluguel de carro. A programação original era chegar um dia antes, mas com a mudança de última hora a coisa complicou. Tinha conseguido um preço bom na minivan (pra poder transportar as malas e o ECV), mas a Hertz queria me cobrar mais de 2000 dólares por uma. Acabei voltando pra boa e velha Alamo. Ainda bem que tinha uma reserva  na manga. Não deu pra ser uma minivan, mas pelo menos o porta-malas é enorme. E é um Toyota :)
A demora até que foi útil, pois precisaríamos fazer uma horinha de qualquer forma, ou não encontraríamos nada aberto na cidade. Saímos de lá e fomos tomar um café e depois começar as comprinhas no Target, na Ross, na Marshalls...

café da manhã


Almoçamos no Bubba Gump, claro, e seguimos pro hotel, em Pompano Beach. Prefiro ficar afastado de Miami, pois é mais barato e muito mais tranquilo pra comprar e até pra ir aos restaurantes.



Chegamos no hotel e houve um pequeno contratempo: estavam fazendo uma manutenção e com isso a água estava cortada. Consequentemente não foi possível limpar o banheiro e o quarto ainda não estava disponível. Eram mais ou menos 15:30 e a água voltaria às 16:00. Deixamos as malas e fomos fazer compras. :D
Voltamos e capotamos.
No dia seguinte fizemos mais compras e fomos almoçar com Livia, Leo e Danny. 
À noite ia rolar a revanche de Anderson Silva x Weidman. Eu nunca quis ver essas lutas, mas nesse dia estava curioso. Fui no site e vi que só ia passar no Fox Sports e pay-per-view. O hotel não tinha Fox Sports. Aí procurei um bar que fosse exibir e achei o Stout. O lugar pareceu muito interessante e preciso voltar um dia pra aproveitar melhor. Fiquei acompanhando pelo site até começar a luta anterior. Cheguei no momento em que tinha terminado essa luta e já estavam começando a apresentar a luta principal.

Infelizmente nem deu tempo de terminar meu chopp :( Pobre Spider...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobre Berlim

Berlim é uma cidade muito interessante. O lado histórico me empolgou muito, pois concentra a história do século XX, tanto pelas grandes guerras quanto pela guerra fria, e o povo alemão faz questão de lembrar do que aconteceu, pra que não se repita. Estar lá dá uma impressão de que o muro caiu ano passado, e o holocausto foi há 10 anos. Apesar desse lado histórico, é uma cidade muito jovem, com uma via noturna agitada.

Passei a semana lá, mas parece não haver hora do rush. Não vi trânsito e nem metrô cheio. 

Uma coisa sensacional é o fato de que em nenhuma estação de trem há catraca. Você simplesmente entra na estação. No começo até estranhei o fato de ir direto pra plataforma. Há máquinas de venda de bilhete na entrada da estação e até na plataforma. Dizem que há fiscalização, mas não vi. Até vi funcionários nas plataformas, mas pra orientar os perdidos. Não percebi nenhuma abordagem cobrando ticket. Obviamente eu sempre estava coberto, mas poderia ter andado de graça todos os dias na boa.

No ônibus a coisa parece mais inacreditável. O motorista vende o bilhete, ou você mostra a ele o seu bilhete válido. Mas se você faz o gesto de mostrar o bilhete ele nem olha na sua cara!! Comecei a fazer como observei que os locais fazem: entrar direto sem mostrar nada (lembrando que eu sempre tinha um bilhete válido).

Cerveja. É impressionante como eles bebem. E não tô falando de bares e restaurantes. No dia-a-dia é comum ver alguém com uma garrafa na mão, andando na rua ou no metrô, como se fosse um suco ou refrigerante. Na sexta-feira à tarde a coisa aumenta, e à noite parece ser item obrigatório. Fiquei com medo de ser multado por estar sem a minha cerveja na mão no metrô. Outra coisa: lá não existe isso de pedir uma garrafa e copos. Cada um bebe na sua garrafa. Nos bares há o chopp pequeno (500ml) e o grande (1 litro). 

Cigarro. Eles fumam muito! E gostam de enrolar o próprio cigarro. Se fosse em Amsterdam eu pensaria outra coisa, mas vi várias vezes no metrô alguém enrolando o cigarro e guardando na orelha pra quando saísse dali. Pra quem acha que foi inocência minha achar que não é "aquele" cigarro, lá a coisa é tão comum que tem marca conhecida que vende o fumo em pacotes.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

15º dia - Berlim

No dia da despedida foi o dia de voltar mais tarde pro hostel. Berlim é mais uma cidade que deve ser explorada a pé, e por isso eu comprei nos outros dias apenas o bilhete de ida e volta de transporte. Como nesse último dia eu saí tarde (pra variar) e queria ganhar tempo, comprei um Tageskarte Berlin AB (passe de um dia na cidade). Saí do hostel diretamente para a Torre de TV, pois as nuvens hoje deram uma trégua e finalmente dava pra ir lá. Achei interessante o sistema dos tickets, que vai dizendo quanto tempo você vai esperar. Quando cheguei estava sem espera (apenas uma pequena fila pra comprar), mas na saída a fila estava bem maior. A vista lá de cima é muito legal, mas prefiro a vista da coluna da vitória.


Saí de lá e fui até o Reichtag pra marcar minha visita. A coisa lá funciona assim: o melhor é marcar sua visita com antecedência, através desse site. Aí é só aparecer na hora marcada. Caso você não tenha feito isso (como eu), pode se cadastrar lá mesmo pra um dos horários disponíveis (felizmente nessa época tem muitas vagas). A restrição é que a visita pode ser marcada pra 2 horas depois. Marquei a minha pra 8:30 e fui passear.
Como o dia estava bonito, resolvi revisitar a Coluna da Vitória (Siegessäule), pois gostei muito da vista lá de cima. Valeu a pena pagar novamente 3 Euros e subir quase 300 degraus.


De lá eu fui fazer uma tira-teima. Eu não comentei aqui, mas no primeiro dia houve uma falha no passeio. Como eu disse, fiz o roteiro com base nesse aqui, mas uma coisa que me deixou intrigado é que não consegui ver a Gedächtniskirche, ou a "igreja quebrada". Sinceramente, achei que ela não tinha resistido e tinha desabado de vez. Fui procurar na inernet e não achei nenhuma notícia a respeito. E olhando da torre de TV e da Siegessäule dava pra ver o topo dela. Então eu fui até lá pra entender como eu tinha visto a igreja nova, que é menor, e não tinha visto a antiga(!!!) Ao chegar lá, percebi que o "prédio" que eu tinha visto antes na verdade é uma cobertura da igreja, que está sendo restaurada.
O lado bom é que na frente dela tinha uma feirinha, onde uma barraquinha com frutas cristalizadas felizmente não aceitava cartão de crédito, ou eu teria comprado tudo. Comi também um currywurst, que foi aprovado. 


Ainda eram umas 7:45 e achei que dava tempo de pisar na Gendarmenmarkt, tirar umas fotos das igrejas gêmeas e seguir para o Reichtag. Foi o que fiz. Peguei um metrô até lá, fotografei e voltei. Só que na volta, apressado, desci na estação errada. Quando percebi, as portas tinham fechado. O próximo viria em 7 minutos. Como o trem no outro sentido chegou, resolvi fazer uma rota alternativa (ir até outra estação onde o ônibus passava um atrás do outro) e segui até lá. Quando cheguei no ponto do ônibus, que era o ponto final/inicial, o motorista resolveu me sacanear. Ficou uns 10 minutos lá parado (enquanto isso chegaram uns 2 ou 3 da mesma linha, que também não seguiram viagem). Acho que peguei o horário de redução da frequência. Quando entrei, ás 08:26, um grupo ainda ficou (no que parecia uma eternidade) pedindo informação a ele. Ainda assim resolvi tentar a sorte.



Cheguei no Reichtag com 8 minutos de atraso, pronto pra implorar pra que me deixassem entrar, mas nem foi preciso. Entrei sem problemas. Após a passagem no raio X e detector de metais, subimos até a cúpula, onde tem um audioguia que funciona automaticamente à medida em que a pessoa vai se movimentando pelo lugar. Muito interessante essa visita.

dentro da cúpula. Esses espelhos iluminam o plenário, pra poupar energia.


Reichtag à noite

parlamento alemão

O portão, visto do Reichtag
Saí de lá quase 10h, determinado a comer um Eisbein, que eu já tinha experimentado em Colônia e adorado. Não quis arriscar perto do hostel, onde tinha visto muitos restaurantes indianos, chineses e tailandeses. Fui até a praça da torre e entrei num restaurante movimentado. Não achei no cardápio. Perguntei à garçonete e ela me indicou o caminho pra um tau de "BrauHaus". Chegando lá vi que era um ambiente tipicamente turístico: aquelas mesonas, típicas de cenas da OktoberFest, música animada e muita cerveja. Apesar de ser tipicamente turístico, não achei armadilha. Gostei muito do lugar, que é bastante animado, como comida e bebidas boas. Lá eu achei o que queria.
Voltei satisfeito pro hostel, pra arrumar as coisas e partir. 



domingo, 14 de abril de 2013

14º dia - Berlim


O dia começou com emoção. Assim que fechei a porta do quarto pra sair, começou a tocar um alarme. MUUITO alto!! Desci pelas escadas normalmente e segui calmamente até a entrada do prédio. Não vi ninguém correndo ou qualquer sinal de evacuação. Só o alarme (que se repetia em vários pontos por onde passei, pois o prédio é enooooorme), que parecia ser ignorado por todos. Quando eu estava saindo, vi uma viatura da polícia com sirene ligada parar na porta. Um policial desceu e o outro seguiu com o carro. Voltei pra tentar descobrir algo, e a toda hora chegava um policial ou bombeiro. Resolvi ir passear e quando saí havia 3 caminhões dos bombeiros e 2 viaturas da polícia na porta do hostel. Isso em questão de 5 minutos. No caminho vi outros passando pra mesma direção. No final do dia fui perguntar o que houve e me explicaram que entrou água em um sensor, que disparou o alarme e atraiu tanta gente pra lá.

Fui andando até a East Side Gallery, que é um trecho do Muro de Berlim pintado por artistas do mundo todo. Tem vários trabalhos interessantes, mas o que mais me chamou a atenção foi uma bandeira da Alemanha com a estrela de David no centro. Só que a parte interessante são as inscrições "Free Palestine" por cima dessa obra. Com todo respeito às vítimas do Holocausto, os judeus adoram fazer o papel de vítimas da humanidade, enquanto repetem as atrocidades que sofreram sem que ninguém os critique.

"Free Palestine"




Olha o Brasil "representado" aí: "Caruaru" e "Noix que voa, bruxão!"


De lá segui para o Topographie des Terrors (Topografia do Terror), um memorial localizado onde ficavam as sedes da Gestapo e da SS, e era basicamente o coração do regime nazista. O material é imenso, sendo possível passar horas lendo os painéis, vendo fotos, vídeos e documentos. Muito interessante observar como um regime tão absurdo foi surgindo praticamente sem reação.

Os judeus sofreram com os nazistas, mas não foram os únicos



Segui andando até o Checkpoint Charlie só mesmo pra fazer a foto clássica na frente da cabine. O interessante é que tem dois palhaços vestidos de soldados que cobram por foto. Quando alguém não paga eles se cobrem com as bandeiras. Fiquei triste por isso e até pensei em dar um dinheiro a eles, só que não. :D

Dali andei até o Memorial do Holocausto, passando antes pelo Portão de Brandemburgo novamente.




Mais tarde fui novamente ao Fleischerei Domke (o mesmo do Gulasch do dia anterior - veja um texto sobre o local aqui), só que dessa vez resolvi experimentar o Schnitzel. Foi bom, mas me arrependi de não ter repetido o do dia anterior, que estava supimpa!

Fim de papo

Ainda tô devendo as aventuras dos 3 últimos dias, que foram bem corridos. Mas já estou partindo de Paris. Amanhã volto pro tronco.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

13º dia - Berlim


Conhecer uma nova cidade é sempre emocionante. Às vezes rola uma decepção, mas como ninguém se programa pra ir a um lugar que tende a não gostar, o normal é a rolar uma empolgação a cada esquina.
Berlim é uma cidade diferente. Se em Bruxelas e Paris há aquela sensação de viagem no tempo porque todas as ruas têm prédios antigos, aqui não tive essa sensação. Por outro lado, em nenhum outro lugar me senti pisando em solo histórico como aqui. Se não há tantos prédios antigos é porque eles foram embora com a sua história (e as guerras).
Berlim é interessante exatamente por isso. Ao mesmo tempo em que se mostra super moderna, é uma cidade super histórica. E os alemães fazem questão disso. Eles querem sempre lembrar o que aconteceu, pra que não se repita (acho isso espetacular).
Meu roteiro de hoje foi inspirado no da linha 100 indicado pelo "simplesmente Berlim". Peguei o U-Bahn até o Jardim zoológico. Até pensei em visitar o zoológico e o aquário nos próximos dias, mas não hoje. Estava sedento pela cidade. Fotografei apenas a entrada do zoológico e fui em direção ao TierGarten e à Coluna da Vitória, um monumento de duplo sentido que, de tão antigo, até já mudou de lugar (fico imaginando como fizeram isso).




Apesar do frio, foi um passeio agradável. Cheguei na Coluna e subi pra ver a cidade. Na parte de baixo há um mini museu sobre "landmarks". Além de contar a história da Coluna e outros narcos de Berlim, conta também de outros da Alemanha e do mundo (Torre Eiffel, Empire State Building, Acrópolo, etc). A subida é dura: são quase 300  (285, segunda a wikipedia) degraus em espiral, mas vale a pena, mesmo num dia não muito claro como hoje.



Eu juro que o Brandengurger Tor está lá no final


Depois de ficar uns bons minutos lá admirando a cidade, desci e fui andando em direção ao portão. O frio me impediu de passear mais pelo Tiergarten. No caminho desviei e fui até o Reichtag, mas como não tinha agendado visita, só fotografei por fora.. De lá segui até o Branderburger Tor e a essa altura o frio já não me permitia pensar direito. Segui pela Unter den Linden a caminho da Alexanderplatz




A Unter den Linden é interessante, principalmente por ficar no lado leste da cidade. Tem prédios muito belos (restaurados, obviamente) e muita coisa está em reforma, inclusive a Opera. Fotografei a Universidade Humboldt e o Neue Wache, que na entrada tem um texto muito bonito, em 6 idiomas, se não me engano. Registrei apenas parte dele.






Depois de passar pela catedral, tambem belíssima, cheguei à praça, onde tomei o S-Bahn



Dormi e mais tarde saí pra conhecer a região. Comi um delicioso gulasch acompanhado por uma Pilsner (pagando 6,50) e depois fui até um barzinho que faz sua própria cerveja pra ver o jogo Juventus X Bayern. A weiss deles é muito boa!