terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobre Berlim

Berlim é uma cidade muito interessante. O lado histórico me empolgou muito, pois concentra a história do século XX, tanto pelas grandes guerras quanto pela guerra fria, e o povo alemão faz questão de lembrar do que aconteceu, pra que não se repita. Estar lá dá uma impressão de que o muro caiu ano passado, e o holocausto foi há 10 anos. Apesar desse lado histórico, é uma cidade muito jovem, com uma via noturna agitada.

Passei a semana lá, mas parece não haver hora do rush. Não vi trânsito e nem metrô cheio. 

Uma coisa sensacional é o fato de que em nenhuma estação de trem há catraca. Você simplesmente entra na estação. No começo até estranhei o fato de ir direto pra plataforma. Há máquinas de venda de bilhete na entrada da estação e até na plataforma. Dizem que há fiscalização, mas não vi. Até vi funcionários nas plataformas, mas pra orientar os perdidos. Não percebi nenhuma abordagem cobrando ticket. Obviamente eu sempre estava coberto, mas poderia ter andado de graça todos os dias na boa.

No ônibus a coisa parece mais inacreditável. O motorista vende o bilhete, ou você mostra a ele o seu bilhete válido. Mas se você faz o gesto de mostrar o bilhete ele nem olha na sua cara!! Comecei a fazer como observei que os locais fazem: entrar direto sem mostrar nada (lembrando que eu sempre tinha um bilhete válido).

Cerveja. É impressionante como eles bebem. E não tô falando de bares e restaurantes. No dia-a-dia é comum ver alguém com uma garrafa na mão, andando na rua ou no metrô, como se fosse um suco ou refrigerante. Na sexta-feira à tarde a coisa aumenta, e à noite parece ser item obrigatório. Fiquei com medo de ser multado por estar sem a minha cerveja na mão no metrô. Outra coisa: lá não existe isso de pedir uma garrafa e copos. Cada um bebe na sua garrafa. Nos bares há o chopp pequeno (500ml) e o grande (1 litro). 

Cigarro. Eles fumam muito! E gostam de enrolar o próprio cigarro. Se fosse em Amsterdam eu pensaria outra coisa, mas vi várias vezes no metrô alguém enrolando o cigarro e guardando na orelha pra quando saísse dali. Pra quem acha que foi inocência minha achar que não é "aquele" cigarro, lá a coisa é tão comum que tem marca conhecida que vende o fumo em pacotes.

2 comentários:

Berliner disse...

Tem fiscalização sim, e se vc for pego sem ticket, paga 50 euros. Acho que essa idéia é meio contra-producente, especialmente se fosse implantada na América Latina, mas como vc viu, agiliza muito o tráfego, já que não há aglomerações em catracas e guichês.

Maurício Vivas disse...

Eu sei que tem fiscalização, mas fiquei impressionado como é bem diferente dos outros países onde não há catraca.
Nos outros lugares onde vi isso sempre percebi a fiscalização, ainda que eu não tivesse sido abordado.